A ASSOCIAÇÃO DOS TORTURADOS DA GUERRILHA DO ARAGUAIA, surgiu depois de passado decadas do fim da Guerrilha do Araguaia, terminada em 1975, em que o Exército perseguiu, torturou e assassinou dezenas de brasileiros, camponeses que moravam e sobreviviam da lavoura manual na região do Araguaia e que devido iniciar na região uma espécie de guerra, onde já habitavam na região vários militantes do PCdoB e que criaram uma núcleo de resistência contra a ditadura que se instaurou no Brasil, onde os mesmos tinham a afeição da população local, devido serem boas pessoas e darem assistência aos camponeses dos municípios onde estavam instalados. Algum tempo depois veio a inserção de militares disfarçados fazendo investigações deles usando nomes de órgãos do governo federal, sem que nenhum dos camponeses soubesse que viria algum tempo depois o conflito armado. Que neste conflito vários lavradores e camponeses foram presos, torturados e até mesmo mortos por militares do Exército, com a ajuda das forças policiais do Estado, tendo estas famílias perdas e danos irreparáveis, restando assim inúmeras seqüelas com rastros de uma luta sangrenta e sem piedade por parte das Forças de Repressão. Existem até hoje centenas de cidadãos que sobreviveram o conflito mas que vivem em situações desumanas é em completo estado de abandono, deles sem possuir nenhum tipo de beneficio é nem sequer um teto para morar, são estas as atuais condições em que se encontram estas pessoas que muito contribuíram para com aquele momento em que passou o Brasil.
Fundada em 10 de Dezembro de 2005, na cidade de São Domingos do Araguaia, a ATGA tem tido o compromisso constante de defesa dos camponeses do Araguaia junto a todos os órgãos em que estão ligados a causa dos camponeses, buscando sempre e em todos os momentos a conquista da anistia dos camponeses do araguaia, e a valorização da cultura regional como forma de resgatar a memória da recente ocorrida Guerrilha do Araguaia, na nossa região.
Por Sezostrys Costa,
Vice Presidente da ATGA.
Um comentário:
Hoje, me sinto de certa forma confortado ao ver tal associação, lutando com afinco pelos torturados de tão infame período que mancha e envergonha nos brasileiros.Tenho 36 anos de idade, nasci na cidade de Sampaio hoje tocantins, outrora Goias, tive meu pai sequestrado por "bandidos fardados",policiais da época, sem o menor escrupulo, simplesmente levarm-no do seu convívio familiar, para devove-lo quase 60 dias depois com 30 quilos a menos totalmente debilitado, e com sequelas que até hoje perduram.Pra minha grande surpresa "muito desagradável",vi um bandido fardado da época, cinicamente ir a câmara dos deputados em brasília, um bandido por nome JOSÉ VARGAS JIMENES, pedir indenização pois era um heroi da guerrilha, narrando com riqueza de detalhes o que fazia com os presos,"cortavamos a cabeça e as mãos para que não houvesse indentificação".Particularmente acho que esses bandidos estão de brincadeira, e muito sem graça por sinal, pois pedir indenização, por que?, porque torturou pouco? porque matou pouco?,porque dilacerou famílias, realmente não vejo motivos para esses bandidos requererem indenizações, acho que eles deveriam sim era responder penalmente por todas as barbáries que cometeram, mesmo sabendo que o lapso temporal da prescrição já se efetivou, todavia este assunto deveria ser tratado com mais respeito e com mais rigor, para que uma nação como a nossa não mais à acontecer tal loucura.Ainda a grande surpresa quando se observa nos dias atuais loucuras similares acontecendo por bandidos fardados como o caso "Gerô", em São Luís do maranhão, onde policiais prenderam um negro simplesmente por suspeita de um furto e o mataram espacado, ou o mais recente quando a justiça fluminense absolveu o bandido fardado que metralhou o carro onde uma mãe com duas crianças, sendo que uma foi atingida por três tiros sem a menor chance de ser sequer defendida por sua mãe. A minha opinião é que essas associações tem que se fortalecerem para mostrar pra toda sociedade que apesar do tempo que já se passou do fim da guerrilha do araguaia fatos similares, só que isoladamente ainda ocorrem com bastante frequência e que os bandidos fardados ainda estão impunes.
Postar um comentário