O governo tenta fechar um acordo para que o projeto de lei que cria a Comissão da Verdade seja aprovado no Senado e na Câmara o mais rápido possível e sem debates públicos no Congresso.
A ideia é que, logo que os termos do ajuste com base e oposição estejam fechados, o projeto --que estabelece uma comissão para investigar e fazer a narrativa oficial das violações aos direitos humanos durante a ditadura-- seja aprovado nas duas Casas.
Apresentado no ano passado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a criação de uma comissão especial para investigar casos de violação de direitos humanos durante a ditadura militar gerou desentendimentos entre representantes das Forças Armadas e a pasta de direitos humanos.
Após a polêmica, a discussão foi retomada pela presidente Dilma Rousseff neste ano e sua aprovação foi colocada como uma das prioridades da nova ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos).
Em novembro de 2010, o Brasil chegou a ser condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos pela falta de investigação sobre o desaparecimento de pessoas na chamada Guerrilha do Araguaia, um dos episódios da ditadura militar.
Segundo a decisão da Corte, que é ligada à OEA (Organização dos Estados Americanos), o Brasil precisa promover medidas de promoção da verdade e da justiça em relação às violações aos direitos humanos cometidas por agentes públicos durante o regime militar.
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