Na próxima terça-feira (7), o Grupo de Trabalho do Araguaia (GTA) deve retomar as buscas pelas ossadas de vítimas da Guerrilha do Araguaia, em Xambioá (TO) e São Geraldo do Araguaia (PA). Só depois, a procura se ampliará a outras localidades. Desta vez, as escavações serão mais profundas, procedimento baseado em informações de que os corpos teriam sido enterrados em covas verticais profundas. Conforme informou Sezostrys Alves da Costa, diretor-tesoureiro da Associação dos Torturados da Guerrilha do Araguaia.
Ele revelou ainda, ao CORREIO DO TOCANTINS, que as investigações avançaram muito e que, por conta desses avanços, o GTA estaria sofrendo algumas represálias. Diante disso, a questão foi levada à ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário. “Estão trabalhando para nos incluir no Programa de Proteção e Defesa dos Direitos Humanos”, expôs, salientando que a ação se faz necessária dado o atual quadro de violência na região.
Identificados
Somente duas das 12 ossadas recolhidas na região foram identificadas até hoje. “Por várias dificuldades, ainda não foi possível realizar o exame de DNA para o reconhecimento destas”, disse, Sezostrys acrescentando que ainda existem mais de 100 pessoas desaparecidas.
Somente duas das 12 ossadas recolhidas na região foram identificadas até hoje. “Por várias dificuldades, ainda não foi possível realizar o exame de DNA para o reconhecimento destas”, disse, Sezostrys acrescentando que ainda existem mais de 100 pessoas desaparecidas.
Novidades
Ainda de acordo com ele, um dos militares que atuaram na Guerrilha, entrevistado pela Associação dos Torturados, revelou que presenciou a execução de18 pessoas, "a maioria camponeses". O militar, ainda de acordo com Sezostrys, relatou que tirava guarda na Casa de Comando, da Guerrilha, em Xambioá. E lá, este ouvia que seria muito difícil encontrar os corpos. Uma vez que a maioria teria sido enterrada em sepulturas verticais: cisternas ou poços, numa grande profundidade para dificultar a localização. Revelou também que os corpos foram enterrados próximos. Portanto, caso se encontre um, encontra-se o restante. Ou, ao menos, grande parte.
Ainda de acordo com ele, um dos militares que atuaram na Guerrilha, entrevistado pela Associação dos Torturados, revelou que presenciou a execução de18 pessoas, "a maioria camponeses". O militar, ainda de acordo com Sezostrys, relatou que tirava guarda na Casa de Comando, da Guerrilha, em Xambioá. E lá, este ouvia que seria muito difícil encontrar os corpos. Uma vez que a maioria teria sido enterrada em sepulturas verticais: cisternas ou poços, numa grande profundidade para dificultar a localização. Revelou também que os corpos foram enterrados próximos. Portanto, caso se encontre um, encontra-se o restante. Ou, ao menos, grande parte.
Este é, pois, um dado novo que incita novas buscas em lugares já escavados. Tendo em vista que, até agora, limitava-se à busca pela cova comum, de sete palmos, de acordo o que foi ressaltado por Sezostrys. “Em quase dois anos de trabalho, tivemos poucos resultados, talvez, por causa disso”, acredita, apontando que, agora, a ação será identificar o local e fazer a escavação mais a fundo.
Alianças
O Grupo de Trabalho do Tocantins (GTT), agora Grupo de Trabalho do Araguaia (GTA), responsável pelas buscas, mudou nomenclatura e composição. Estando integrados, hoje, à coordenação do GTA, a Secretaria de Direitos Humanos e o Ministério da Justiça. (Carmem Sevilla)
O Grupo de Trabalho do Tocantins (GTT), agora Grupo de Trabalho do Araguaia (GTA), responsável pelas buscas, mudou nomenclatura e composição. Estando integrados, hoje, à coordenação do GTA, a Secretaria de Direitos Humanos e o Ministério da Justiça. (Carmem Sevilla)
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